quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Guardas Municipais de Curitiba-PR preparam ato para fevereiro

Pouco menos de um ano após deflagrar greve que durou uma semana, os guardas municipais de Curitiba estão novamente mobilizados. Isso porque o acordo conseguido durante a greve do ano passado ainda não foi totalmente cumprido. Nesta semana, diretores do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc) se reuniram com representantes da Prefeitura. No encontro, ao contrário de ouvir propostas, os servidores receberam um pedido de adiamento das negociações. A razão seria a troca de secretários da Defesa Social e de Recursos Hmanos.
“Os secretários podem ter mudado, mas a administração é a mesma”, questiona secretária de comunicação do Sismuc, Alessandra Cláudia de Oliveira. Os representantes dos guardas não gostaram do pedido de adiamento, e muito menos do encontro realizado na terça-feira, o qual classificaram de “frustrante”. Mas resolveram se mobilizar.
No próximo dia 20 de janeiro, eles se reunem para tratar da organização de um ato público no dia da próxima reunião marcada com a Secretaria de Defesa Social e Recursos Humanos — o dia 11 de fevereiro. A categoria lembra que no ano passado conseguiu uma mobilização inédita na Capital, com a adesão de boa parte do efetivo da Guarda em Curitiba e manteve o movimento até que houvesse negociação.
Na época eles conseguiram um reajuste de 19,7% e o piso da categoria passou de R$ 710,88 para R$ 850. O piso da Guarda da Capital estava entre os mais baixos da Grande Curitiba. São José dos Pinhais, por exemplo, tem piso de R$ 1.200. O encontro entre sindicato e Prefeitura, na terça, não contou com a presença dos novos  secretrários de Defesa Social, Nazir Abdalla Chain, e de Recursos Humanos, Maria do Carmo Aparecida de Oliveira
Negociação — O principal ponto a ser negociado — ainda uma pendência do ano passado — é a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) da Guarda, que deveria ter sido colocado em prática até o fim de 2010, conforme negociado na greve de fevereiro. “Tem coisas que já estão acordadas. O debate realizado nos núcleos apontou descontentamento com a situação atual. Não adianta só o ganho salarial se não tem reenquadramento. Não abrimos mão da estrutura do plano já acordado”, disse Alessandra durante a reunião da terça-feira.
A estrutura do PCCV pedida pelo Sismuc mantém um crescimento contínuo do guarda, ao contrário do que estabelece o plano atual, no qual há limites por cargo. Sobre esta questão falta acordo sobre os critérios para o crescimento entre níveis e padrões.
Sobre o que pode acontecer a partir de 11 de fevereiro, depende da Prefeitura, se posiciona o Sismuc. “Mesmo não gostando, aceitar esses 30 dias de estudo foi um voto de confiança da categoria”, disse Alessandra. No ano passado, no encerramento da greve da Guarda, o então secretário municipal de Recursos Humanos, Paulo Schmitd, propôs um prazo de 90 dias, a partir de abril, para que fosse montado um cronograma para debater a proposta apresentada pela Prefeitura para melhoria no Plano de Carreira da categoria.

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